sexta-feira, 9 de julho de 2010

A mesa de Um poeta

Agora vamos criar, o copo de vinho está sobre a mesa, como uma única fonte de companhia, olhando os seus retratos sobre a mesa, finalmente algo! vou beber meu vinho, para entrar no êxtase da inspiração, eu não consigo largar as suas fotos da minha mão, todos os dias irei dormir tão tarde, porque eu não consigo parar de olhar para você, sabe eu já estava perdido em meus pensamentos, agora estou confuso quanto aos acontecimentos, tudo é tão diferente, ao lado da mesa de escrever fico desesperado esperando o telefone tocar, mas tudo é sempre em vão, e mais um gole de vinho, para saciar a vontade de me aproximar da tela, aonde tem o seu ultimo e-mail, com as suas frases sempre tão curtas, mas sempre objetivas, com o jeito de ser tão cativante que convenceu o meu coração a fazer o que meu cérebro não quer, devo clamar o mais alto possível para você escutar? Minha donzela onde você está? Eu não sei mais no que acreditar, e torno a tomar mais um gole do meu vinho insaciável que me despreza no melhor momento, eu grito, mais o eco repugnante volta a minha voz aos meus ouvidos, e não obtenho resposta, o vinho que representa o sangue do meu coração que já entrou em hemorragia, de tanto sangrar, e eu grito desesperadamente pelo seu nome, mas tudo que sempre escuto é minha voz de volta, resolvi ir atrás de você, largar todas as suas fotos sobre a mesa, taquei o copo maldito de vinho sobre a porta, sai correndo para não perder a hora, Todos na rua que aglomerou por onde eu passei, até que eu gritei seu nome, mas eu não sabia o caminho, e ai sentei e chorei, desesperado só sabia falar seu nome, até que respirei fundo, e retornei com o velho copo de vinho. Até que então o velho poeta admirando os velhos retratos sobre a mesa de escrever, o telefone tocou, o desespero foi imenso, que a voz não saiu, os lábios manchado de vinho pela barba mal feita, até que soou finalmente sua voz de volta, e o eco finalmente sumiu, eu pude dizer ao mundo toda a minha historia, já que o retorno do eu te amo pelo beco,foi a sua suave voz de novo que tocou o meu coração e me fez chorar o dia inteiro, enfim desligar o telefone e correr para os seus braços, tocar seus cabelos, acariciar o seu rosto, te dar um beijo no rosto e dizer o que sempre quis ouvir de você.

Agora o poeta cumpriu sua missão, o coração parou de sangrar, as poesias tristes não precisam mais ser escritas, pois o poeta não precisa mais da companhia do vinho sobre a mesa, a proposta de viver do poeta finalmente foi atendida e ele pode finalmente dormir e se alimentar devidamente, passar as tardes esperando um telefonema, e com certeza o telefone irar tocar, quando o poeta precisar chorar e gritar, ele vai ter um retorno, ele vai ter um retorno, vai ter um retorno...

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